Eleições estaduais no Espírito Santo em 2002
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 2002 aconteceram em 6 de outubro como parte das eleições gerais em 26 estados e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador Paulo Hartung, o vice-governador Lelo Coimbra, os senadores Magno Malta e Gerson Camata, 10 deputados federais e 30 estaduais. Como o candidato mais votado obteve um total superior à metade mais um dos votos válidos o pleito foi decidido em primeiro turno e conforme a Constituição a posse do governador e de seu vice-governador se daria em 1º de janeiro de 2003 para quatro anos de mandato já sob a égide da reeleição.[1][2][3][4][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 2002 | ||||
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6 de outubro de 2002 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Paulo Hartung | Max Mauro | ||
Partido | PSB | PTB | ||
Natural de | Guaçuí, ES | Vila Velha, ES | ||
Vice | Lelo Coimbra | Ademar Devens | ||
Votos | 820.949 | 631.326 | ||
Porcentagem | 53,97% | 41,50% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (78): Paulo Hartung (71) Max Mauro (7) | ||||
Titular Eleito | ||||
Militante político desde os tempos em que era filiado ao proscrito PCB, Paulo Hartung nasceu em Guaçuí e foi presidente do Diretório Central dos Estudantes na Universidade Federal do Espírito Santo, onde se formou em economia.[5] Membro do Comitê Brasileiro pela Anistia, fez parte do MDB e a seguir do PMDB e nesta legenda foi eleito deputado estadual em 1982, integrou a delegação capixaba presente no Colégio Eleitoral em 1985 e votou em Tancredo Neves.[6] Reeleito em 1986, rumou para o PSDB e foi eleito deputado federal em 1990.[5] Voto favorável a abertura do processo de impeachment de Fernando Collor em 1992[7], no mesmo ano foi eleito à prefeitura de Vitória. Eleito senador em 1998, trocou de partido e entrou no PSB antes de eleger-se governador do Espírito Santo em 2002.[8]
Nascido em Vitória e formado na Universidade Federal do Espírito Santo, o médico Lelo Coimbra chegou a trabalhar na cidade paulista de Embu-Guaçu antes de voltar para o Espírito Santo, estado onde foi subsecretário de Saúde no governo Max Mauro e secretário municipal de Saúde quando Paulo Hartung era prefeito de Vitória. Eleito deputado estadual pelo PSDB em 1994, não obteve a reeleição no pleito seguinte. Nomeado para comandar a Delegacia Regional do Trabalho, migrou para o PSB e foi eleito vice-governador capixaba à chapa de Paulo Hartung em 2002.[9]
Formado em Teologia em 1981 pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil em Recife, Magno Malta é baiano de Macarani e estreou na política sob a legenda do PTB em 1992 ao eleger-se vereador em Cachoeiro de Itapemirim. Por esta legenda conquistou os mandatos de deputado estadual em 1994 e deputado federal em 1998. Após militar em outros partidos ingressou no PL sendo eleito senador em 2002.[2][10][11]
Para ocupar a outra vaga senatorial foi eleito Gerson Camata. Mesmo sendo um economista nascido em Castelo e graduado na Universidade Federal do Espírito Santo em 1969, destacou-se como jornalista e apresentador do Ronda da Cidade na Rádio Cidade de Vitória, emissora pertencente aos Diários Associados. Eleito vereador na capital capixaba via ARENA em 1966, conquistou os mandatos de deputado estadual em 1970 e deputado federal em 1974 e 1978. Filiado ao PMDB após a revogação do bipartidarismo no governo João Figueiredo,[12] elegeu-se governador do Espírito Santo em 1982 com o amparo de uma facção do PDS liderada por Elcio Alvares.[13][14][15][16] Renunciou ao Palácio Anchieta e foi eleito senador em 1986. Durante o mandato subscreveu Constituição de 1988 e votou pela condenação do presidente no julgamento do processo de impeachment de Fernando Collor em 29 de dezembro de 1992 sendo reeleito senador em 1994 e 2002.[17][18]