Eleições estaduais no Espírito Santo em 1978
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1978 aconteceram conforme as regras do Pacote de Abril outorgado pelo Governo Ernesto Geisel: em 1º de setembro aconteceu a via indireta e a ARENA fez o governador Eurico Resende, o vice-governador José Carlos da Fonseca e o senador João Calmon. A etapa seguinte ocorreu em 15 de novembro e nela a ARENA elegeu o senador Moacir Dalla e obteve as maiores bancadas entre os oito deputados federais e vinte e quatro estaduais que foram eleitos. Os capixabas residentes no Distrito Federal escolheram os seus representantes no Congresso Nacional por força de lei específica.[1][2][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1978 | ||||
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1º de setembro de 1978 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1978 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Eurico Resende
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Partido | ARENA
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Natural de | Ubá, MG
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Vice | José Carlos da Fonseca | |||
Votos | 107 | |||
Porcentagem | 100% | |||
Titular Eleito | ||||
Mineiro de Ubá, o governador Eurico Resende iniciou carreira jornalística quando estudante e chegou a ser preso por manifestar-se contra o Estado Novo. Advogado formado pela Universidade Federal do Espírito Santo, foi diretor jurídico da Itabira Agro-Industrial em Cachoeiro de Itapemirim e assessor jurídico da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. Presidente do diretório estadual da UDN, elegeu-se deputado estadual em 1950, 1954 e 1958. Graças ao artifício da dupla candidatura[nota 2] disputou o Palácio Anchieta em 1958, mas foi derrotado por Carlos Lindenberg, candidato do PSD. Eleito senador em 1962, aderiu ao Regime Militar de 1964 filiando-se à ARENA pela qual foi reeleito em 1970 chegando a líder do Governo Ernesto Geisel, o qual o escolheu governador do Espírito Santo.[3][4][5]
O vice-governador eleito é José Carlos da Fonseca, advogado natural de São José do Calçado e formado pela Universidade Federal do Espírito Santo.[6] Também jornalista, foi oficial de gabinete do governador Francisco Ataíde e depois procurador do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, presidiu a seção capixaba da Campanha Nacional das Escolas da Comunidade. Eleito deputado estadual via ARENA em 1966, assumiu a Casa Civil no governo Cristiano Dias Lopes. Eleito deputado federal em 1970, perdeu a eleição para senador quatro anos depois.
Na eleição para senador a ARENA reelegeu por via indireta o advogado João Calmon. Natural de Colatina e formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, exerceu ainda as profissões de jornalista e empresário, foi vice-presidente dos Diários Associados e presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.[7] Membro do PSD e depois da ARENA, elegeu-se deputado federal em 1962 e 1966 e senador em 1970, sendo reconduzido ao mandato por via indireta em 1978.[8]
Também natural de Colatina, o notário Moacir Dalla tem ascendência libanesa, é formado em Direito em 1953 pela Universidade Federal do Espírito Santo com especialização em Criminalística[9] e detém a titularidade dos cartórios de primeiro e segundo ofício em sua cidade natal. Originário da UDN foi eleito deputado estadual em 1962 e ao migrar para a ARENA renovou seu mandato em 1966 e 1970. Eleito deputado federal em 1974, foi eleito senador em 1978 para ocupar uma vaga que pertencia ao seu cunhado, Eurico Resende.[10] Com a morte de Nilo Coelho foi escolhido presidente do Senado Federal em 11 de novembro de 1983 e assim presidiu o Colégio Eleitoral que deu vitória a Tancredo Neves na eleição presidencial de 1985.[11][12][13]
Após o retorno ao pluripartidarismo o grupo de Gerson Camata ingressou no PMDB e venceu o pleito de 1982 unindo-se informalmente à dissidência do PDS comandada por Elcio Alvares, adversário interno do governo Eurico Resende.[14]