Eleições estaduais no Espírito Santo em 1970
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1970 ocorreram em duas etapas conforme previa o Ato Institucional Número Três e assim a eleição indireta do governador Artur Gerhardt e do vice-governador Henrique Pretti foi em 3 de outubro e a escolha dos senadores Eurico Resende e João Calmon, além de sete deputados federais e vinte e um estaduais aconteceu em 15 de novembro a partir de um receituário aplicado aos 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima. Em todo o país a ARENA obteve a maior parte dos cargos em disputa e no Espírito Santo o partido governista foi também o mais votado.[1][2][3][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1970 | ||||
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3 de outubro de 1970 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1970 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Artur Gerhardt
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Partido | ARENA
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Natural de | Vitória, ES
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Vice | Henrique Pretti | |||
Votos | 30 | |||
Porcentagem | 100% | |||
Titular Eleito | ||||
Escolhido governador do Espírito Santo pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, o engenheiro civil Artur Gerhardt nasceu em Vitória, é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e lecionou na Universidade Federal do Espírito Santo. No governo Raul Giuberti trabalhou no Departamento de Estradas de Rodagem e foi auxiliar dos governos Francisco Aguiar e Rubens Rangel como secretário de Planejamento e secretário de Viação e Obras. Foi presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (BANDES) e da Associação Brasileira de Bancos de Desenvolvimento, é filho de Otávio Santos, outrora deputado estadual e prefeito de Domingos Martins, mas não exerceu nenhum mandato político até ser indicado ao Palácio Anchieta e teve no senador Carlos Lindenberg uma peça importante na aceitação de seu nome pela ARENA.[4][5]
Também foi vitorioso o comerciante Henrique Pretti. Natural de Santa Teresa, graduou-se contador em 1944 na Academia de Comércio de Vitória, foi diretor da Caixa Econômica Federal e presidiu o Vitória Futebol Clube, onde atuara como goleiro.[6] Elegeu-se deputado estadual via PSD em 1954 e pela ARENA em 1966 antes de ser escolhido vice-governador em 1970.[7]
Advogado nascido em Ubá e formado pela Universidade Federal do Espírito Santo, Eurico Resende foi preso quando estudante por sua oposição ao Estado Novo e com o esfacelamento da Era Vargas ingressou na UDN e foi consagrado presidente do diretório estadual da legenda.[8] Diretor jurídico da Itabira Agro-Industrial em Cachoeiro de Itapemirim e assessor jurídico da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo, foi eleito deputado estadual em 1950, 1954 e 1958 sendo derrotado neste último ano por Carlos Lindenberg ao disputar o governo capixaba.[nota 2] Logo a seguir foi eleito presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo e em 1962 conseguiu seu primeiro mandato de senador reelegendo-se em 1970.[9]
Nascido em Colatina, o também advogado João Calmon é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Jornalista e empresário, trabalhou nos Diários Associados sob o comando de Assis Chateaubriand, que o encarregou de expandir o conglomerado pelo Norte e Nordeste do Brasil e com o passar do tempo ascendeu à cadeira de vice-presidente do mesmo em 1958, bem como assumiu a presidência da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão quatro anos mais tarde. Filiado ao PSD e à ARENA, foi eleito deputado federal em 1962 e 1966 e conquistou um mandato de senador em 1970.[10][11]