Eleições estaduais no Espírito Santo em 1958
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1958 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais .no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos o governador Carlos Lindenberg, o vice-governador Raul Giuberti e o senador Jefferson de Aguiar, além de sete deputados federais e trinta e dois estaduais.[1][2][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1958 | ||||
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3 de outubro de 1958 (Turno único) | ||||
Candidato | Carlos Lindenberg | Eurico Resende | ||
Partido | PSD | UDN | ||
Natural de | Cachoeiro de Itapemirim, ES | Ubá, MG | ||
Vice | Raul Giuberti | Archilau Vivacqua | ||
Votos | 97.624 | 54.619 | ||
Porcentagem | 47,32% | 26,47% | ||
Titular Eleito | ||||
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim e formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o advogado Carlos Lindenberg tem em seus tios, Jerônimo Monteiro e Bernardino Monteiro, as referências que o fizeram ingressar na política sendo eleito deputado federal em 1933. Membro da Assembleia Nacional Constituinte responsável pela Constituição de 1934, reelegeu-se no ano em questão e antes fora vice-presidente da Associação Comercial do Espírito Santo. Durante o governo João Punaro Bley ocupou a Secretaria de Fazenda e a Secretaria de Agricultura antes de ser nomeado diretor da Junta de Conciliação e Julgamento em Vitória em 1941.[3][4] Após o fim do Estado Novo foi eleito deputado federal pelo PSD em 1945, ajudou a elaborar a Carta Magna de 1946, conquistou o Palácio Anchieta em 1947 e elegeu-se senador em 1950 antes de regressar ao governo capixaba em 1958.[5][6][7][8][nota 2]
Nascido em Colatina e formado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,[nota 3] o médico Raul Giuberti exerceu a profissão em sua cidade natal sendo eleito vereador em 1950 e prefeito em 1954 antes de conseguir o mandato de vice-governador pelo PSP em 1958.[9]
Ressalte-se que a renúncia do governador e seu vice-governador para disputar as eleições de 1962 levou o deputado Hélsio Cordeiro ao governo estadual numa passagem rápida até que a Assembleia Legislativa do Espírito Santo elegesse Asdrúbal Soares, cuja passagem pelo Executivo se encerraria em 31 de janeiro de 1963. Formado em engenharia civil na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi nomeado prefeito de Vitória em 1930 exercendo o cargo por três anos e em 1933 foi secretário de Agricultura no governo João Punaro Bley. Eleito deputado federal em 1934, perdeu o mandato por conta do Estado Novo e dividiu-se entre o trabalho numa firma de engenharia e dirigiu os jornais O Estado e A Tribuna. Membro do Clube de Engenharia e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e presidente da Espírito Santo Centrais Elétricas, foi eleito deputado federal via PSD em 1945 e voltou à política como governador capixaba.[10]
Advogado natural de Vitória e diplomado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jefferson de Aguiar foi promotor de justiça interino, presidente da IV Junta de Conciliação e Julgamento e procurador do município na capital capixaba, exercendo este último cargo também em Vila Velha, além de prestar consultoria ao Banco de Crédito Agrícola do Espírito Santo. Sobrinho de Aristeu Aguiar, governador deposto pela Revolução de 1930, elegeu-se deputado estadual em 1950, deputado federal em 1954 e senador em 1958, sempre filiado ao PSD.[11][12]