Eleições estaduais no Espírito Santo em 1954
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1954 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos o governador Francisco Aguiar, o vice-governador Adwalter Soares, os senadores Atílio Vivacqua e Ari Viana, além de sete deputados federais e trinta e dois estaduais.[1][2][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1954 | ||||
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3 de outubro de 1954 (Turno único) | ||||
Candidato | Francisco Aguiar | Eurico Sales | ||
Partido | PTB | PSP | ||
Natural de | São José do Calçado, ES | Não disponível | ||
Vice | Adwalter Soares | Argeu Lorenzoni | ||
Votos | 95.389 | 77.467 | ||
Porcentagem | 55,18% | 44,82% | ||
Candidato mais votado por município (36):
Francisco Aguiar (22) | ||||
Titular Eleito | ||||
Engenheiro eletricista formado em 1925 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Francisco Aguiar nasceu em São José do Calçado e foi professor de Matemática no Ginásio Barão de Macaúbas em Guaçuí, cidade onde fundou o Rotary Club e elegeu-se vereador pouco antes do Estado Novo, que cassou-lhe o mandato. Avaliador do Banco do Brasil, retornou à vida pública em 1944 ao ser nomeado para a prefeitura de Guaçuí onde permaneceu por dois anos. Filiou-se ao PSD nos agonizes da Era Vargas, elegeu-se prefeito de Guaçuí em 1947, conquistou um mandato de deputado federal em 1950 e após ingressar no PTB foi eleito governador do Espírito Santo em 1954.[3]
Nascido em Muniz Freire, o advogado Atílio Vivacqua trabalhou no fórum de Cachoeiro de Itapemirim antes de se graduar pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.[4] Consultor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional, lecionou na Universidade Federal do Espírito Santo e na Universidade Federal do Rio de Janeiro e em 1933 foi eleito secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil mantendo tal posição por onze anos. Antes fora eleito vereador em Cachoeiro do Itapemirim em 1920 e como presidente da Câmara Municipal tornou-se prefeito interino da cidade em questão. Jornalista e escritor, integrou a Associação Brasileira de Imprensa sendo eleito deputado estadual em 1921, 1924, 1927 e 1934, nesse intervalo foi secretário de Educação no governo Aristeu Borges de Aguiar, mas por duas vezes não pôde assumir o mandato de deputado federal para o qual fora eleito: uma por causa da Revolução de 1930 e outra por impugnação de sua vitória em 1933 por ter ocupado uma secretaria de estado. Filiado ao PSD elegeu-se senador em 1945 e ao migrar para o PR foi derrotado por Carlos Lindenberg ao disputar o governo capixaba em 1947, contudo reelegeu-se senador em 1954.[4][2] Fora do universo político tornou-se conhecido como irmão de Luz del Fuego.[nota 2][5][6]
Para a vaga remanescente na Câmara Alta do parlamento foi eleito o contador Ari Viana. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, foi chefe de contabilidade na Secretaria de Fazenda, diretor da Receita Pública do Espírito Santo e chegou a titular da pasta. Diretor-geral do Departamento das Municipalidades e do Departamento do Serviço Público, Durante a maior parte de 1945 ocupou a prefeitura de sua cidade natal, mas deixou o cargo a tempo de eleger-se deputado federal no mesmo ano via PSD e subscreveu a Constituição de 1946. Regressou à política ao eleger-se senador em 1954.[7][8][9]