Eleições estaduais no Espírito Santo em 1947
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As eleições estaduais no Espírito Santo em 1947 ocorreram em 19 de janeiro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.No Espírito Santo o PSD elegeu o governador Carlos Lindenberg (o vice-governador José Rodrigues Sette seria eleito posteriormente por via indireta), o senador Jones dos Santos Neves e fez a maior bancada entre os 32 deputados estaduais eleitos.[1][nota 1]
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Eleições estaduais no Espírito Santo em 1947 | ||||
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19 de janeiro de 1947 (Turno único) | ||||
Candidato | Carlos Lindenberg | Atílio Vivacqua | ||
Partido | PSD | PR | ||
Natural de | Cachoeiro de Itapemirim, ES | Muniz Freire, ES | ||
Vice | José Rodrigues Sette | Eleosippo Cunha | ||
Votos | 59.008 | 31.968 | ||
Porcentagem | 64,86% | 35,14% | ||
Candidato mais votado por município (33):
Carlos Lindenberg (24)
Atílio Vivacqua (4)
Sem informações (5) | ||||
Titular Eleito | ||||
O novo governador capixaba é Carlos Lindenberg. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim[2] é advogado formado em 1922 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi vice-presidente da Associação Comercial do Espírito Santo. Eleito deputado federal em 1933, fez parte da Assembleia Nacional Constituinte que redigiu a Constituição de 1934, ano em que foi reeleito.[3] Em 1935 ocupou a Secretaria de Fazenda e a Secretaria de Agricultura no governo João Punaro Bley e ainda no Estado Novo deixou os cargos e foi diretor da Junta de Conciliação e Julgamento em Vitória. Filiado ao PSD elegeu-se deputado federal pelo Espírito Santo em 1945 e após dois anos chegou ao Palácio Anchieta onde já estiveram os seus tios, Jerônimo Monteiro e Bernardino Monteiro.[4]
Em 30 de novembro de 1947 aconteceu a eleição indireta do vice-governador José Rodrigues Sette. Pernambucano nascido em Cabo de Santo Agostinho e formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco em 1906, foi promotor de justiça em Ipojuca até ser exonerado em 1912, quando chegou ao Espírito Santo.[5] Fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, do Instituto dos Advogados do Estado do Espírito Santo e membro do Conselho Provisório da seção capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil a partir de 1932, foi promotor de justiça em Colatina e advogado em Vitória, onde dirigiu o jornal O Comércio, fundou a Escola de Comércio de Vitória e dirigiu o Diário Oficial do Estado. Delegado auxiliar de polícia no governo Jerônimo Monteiro e secretário de Educação no governo Bernardino Monteiro, foi secretário de Justiça e procurador-geral do estado por três vezes. Antes fora eleito deputado estadual em 1928. Professor da Universidade Federal do Espírito Santo e do Colégio Estadual de Vitória, integrou o Conselho Penitenciário e o Conselho Consultivo no Governo de João Punaro Bley. Foi o último interventor federal nomeado por Getúlio Vargas para governar os capixabas e meses antes de ser escolhido vice-governador eleito fora eleito suplente do senador Jones dos Santos Neves no início do referido ano via PSD.[5]
Para completar a tríade capixaba no Senado Federal foi eleito Jones dos Santos Neves.[6] Formado em Medicina e Farmácia pela Universidade Federal do Espírito Santo, ele nasceu em São Mateus e foi nomeado interventor no Espírito Santo em 1943 em substituição a João Punaro Bley permanecendo no cargo por dois anos. Militante do PSD, foi eleito senador em 1947.[6]