Eleições estaduais em Minas Gerais em 2006
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As eleições estaduais em Minas Gerais em 2006 aconteceram em 1º de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados brasileiros. Foram eleitos o governador Aécio Neves, o vice-governador Antonio Anastasia e o senador Eliseu Resende, além de 53 deputados federais e 77 estaduais.[1] Como o candidato a governador mais votado superou a metade mais um dos votos válidos, o pleito foi decidido em primeiro turno e, conforme a Constituição, a posse do governador e do vice-governador se daria em 1º de janeiro de 2007 para quatro anos de mandato.[2][3][nota 1]
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Eleições estaduais em Minas Gerais em 2006 | ||||
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1º de outubro de 2006 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Aécio Neves | Nilmário Miranda | ||
Partido | PSDB | PT | ||
Natural de | Belo Horizonte, Minas Gerais | Teófilo Otoni, Minas Gerais | ||
Vice | Antonio Anastasia | Zaire Rezende | ||
Votos | 7.482.809 | 2.140.373 | ||
Porcentagem | 77,03% | 22,03% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (853): Aécio Neves (846) Nilmário Miranda (7) | ||||
Titular Eleito | ||||
Aécio Neves (PSDB) foi reeleito em Minas Gerais com 77,03% dos votos válidos. O candidato venceu o segundo colocado, Nilmário Miranda (PT), por uma diferença de 55 pontos percentuais. Nilmário registrou 22,03% dos votos válidos.
O percentual de votos em branco foi de 5,33%, e os nulos, 8,19%.
Aécio Neves faz parte de uma família com tradição política. Filho e neto de políticos (o pai, Aécio Cunha, e o avô paterno, Tristão da Cunha, foram deputados), o governador de Minas lançou-se à política no rastro do avô materno, Tancredo Neves, presidente da República eleito em 1985 pelo voto indireto e morto antes de tomar posse. Aécio era secretário particular de Tancredo.
Aos 46 anos, divorciado e pai de uma filha adolescente, o governador exerceu quatro mandatos consecutivos como deputado federal, o primeiro pelo PMDB, em 1987, e os demais pelo atual partido, o PSDB, do qual é um dos fundadores. Por quatro vezes, foi escolhido líder tucano na Câmara.
Renunciou ao mandato em 2002 para se lançar ao governo de Minas Gerais. A frente política em torno de sua candidatura reuniu 18 partidos, o apoio do então governador, Itamar Franco, e o de cinco ex-governadores. Venceu a disputa no primeiro turno, com 5,3 milhões de votos (57,7% dos votos válidos).[4]
Aécio esteve próximo de ser escolhido como candidato tucano para a Presidência da República, mas acabou preterido em favor de um candidato da liderança tucana paulista, Geraldo Alckmin.[5]
Aécio não compareceu ao debate entre os principais candidatos ao governo do Estado, promovido na última terça-feira antes da eleição pela Rede Globo. Assim, conforme acordado anteriormente, o petista Nilmário Miranda teve direito a uma entrevista de 30 minutos, concedida em rede nacional à emissora.