Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1984
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A eleição presidencial dos Estados Unidos de 1984 foi a quinquagésima eleição presidencial do país. Foi uma disputa entre o então presidente republicano Ronald Reagan, e o ex-vice-presidente democrata Walter Mondale. Reagan foi ajudado por uma forte recuperação econômica após a profunda recessão de 1981-1982. Reagan venceu 49 dos 50 estados, sendo o segundo candidato a consegui-lo (só Richard Nixon na eleição de 1972 o tinha conseguido). Os votos do Colégio Eleitoral que Mondale recebeu vieram apenas do Distrito de Colúmbia e seu estado natal, Minnesota, que ganhou por meros 3.761 votos. Reagan conseguiu 525 votos eleitorais (de um total de 538), sendo o maior total já recebido por um candidato presidencial na história. Mondale recebeu 13 votos eleitorais, sendo também o segundo menor resultado recebido por um candidato, perdendo apenas para Alf Landon com 8 votos em 1936. No voto popular nacional, Reagan recebeu 58,8% contra 40,6% de Mondale. Nenhum candidato, desde então, conseguiu igualar ou superar resultado eleitoral de Reagan de 1984.
6 de novembro de 1984 | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Candidato | Ronald Reagan | Walter Mondale | |||||||
Partido | Republicano | Democrata | |||||||
Domicílio eleitoral | Califórnia | Minnesota | |||||||
Candidato para Vice-presidente | George H. W. Bush | Geraldine Ferraro | |||||||
Colégio eleitoral | 525 | 13 | |||||||
Vencedor em | 49 estados | 1 estado + DC | |||||||
Votos | 54.455.472 | 37.577.352 | |||||||
Porcentagem | 58,8% | 40,6% | |||||||
Resultados do Colégio Eleitoral por estados. Os valores em cada um indica a quantidade de votos, e a cor do estado indica a qual candidato os votos foram atribuídos. | |||||||||
Titular Eleito |
Reagan fez campanha em cima de uma economia forte após a era da estagflação da década de 1970 e a recessão de 1981–82, bem como a percepção generalizada de que sua presidência havia supervisionado um renascimento da confiança e prestígio nacional.[1] Aos 73 anos, Reagan era, na época, a pessoa mais velha a ser nomeada por um grande partido para presidente. A campanha de Reagan produziu publicidade televisiva eficaz e neutralizou habilmente as preocupações em relação à idade dele. Mondale criticou as políticas econômicas do lado da oferta de Reagan e os déficits orçamentários e defendeu o desarmamento nuclear e a ratificação de uma emenda constituição em prol da igualdade (o Equal Rights Amendment).
Reagan venceu a eleição por uma margem considerável, vencendo em 49 dos 50 estados da União, tornando esta a segunda eleição no século XX em que um partido ganhou 49 estados. Mondale venceu apenas no seu estado natal de Minnesota (por uma marge de 0,18%) e no Distrito de Colúmbia.[2] Reagan conquistou 525 votos do colégio eleitoral (de 538 possíveis), a melhor marca de qualquer candidato presidencial na história dos Estados Unidos.[3] Em termos eleitorais, a vitória de Reagan nesta eleição foi a maior na história moderna americana; a vitória de Franklin D. Roosevelt em 1936 sobre Alf Landon, onde ele angariou 98,5%, ou 523 votos, do colégio eleitoral de 531, foi o percentual mais largo.[4] Reagan venceu com 58,8% do voto popular contra 40,6% de Mondale. A margem em que ele venceu o voto popular — cerca de 16,9 milhões de votos (54,4 milhões para Reagan contra 37,5 milhões de Mondale)[5][6] — foi menor apenas do que a vitória de Richard Nixon em 1972 sobre George McGovern.[2] Reagan foi o primeiro presidente desde Dwight D. Eisenhower a ser reeleito ganhando a maioria absoluta de votos populares em ambas as campanhas presidenciais.
Reagan, aos 73 anos, foi o homem mais velho eleito presidente até Joe Biden ter sido eleito em 2020. Até 2021, esta foi a última eleição onde um republicano venceu nos estados de Nova York, Washington, Massachusetts, Oregon, Havaí e Rhode Island. Wisconsin também não votaria em um republicano até Donald Trump vencer no estado em 2016.
Até 2021, esta é a eleição presidencial mais recente em que os candidatos presidenciais e vice-presidenciais dos principais partidos já estão mortos.