Eleição municipal de Natal em 2008
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A eleição municipal da cidade brasileira de Natal em 2008, assim como nas demais cidades brasileiras, ocorreu, em primeiro turno, em 5 de outubro de 2008 para a eleição de um prefeito, um vice-prefeito e 24 vereadores para a Câmara Municipal. O então prefeito era Carlos Eduardo Alves, do PSB, que terminaria seu mandato em 31 de dezembro de 2008 e não era candidato à reeleição. Oito candidatos concorreram à vaga para prefeito, que veio a ser decidida ainda no primeiro turno, com a vitória da então candidata pelo PV, Micarla de Sousa.[1]
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Eleição municipal de Natal em 2008 | ||||||
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5 de outubro de 2008 (Primeiro turno) | ||||||
Candidato | Micarla de Sousa | Fátima Bezerra | ||||
Partido | PV | PT | ||||
Natural de | Natal, RN | Nova Palmeira, PB | ||||
Vice | Paulinho Freire (PP) | Luiz Eduardo Carneiro (PMDB) | ||||
Votos | 193.195 | 139.946 | ||||
Porcentagem | 50,84% | 36,82% | ||||
Resultado por bairro:
Sem local de votação (2) | ||||||
Titular Eleito | ||||||
Em setembro de 2004, Micarla lança a sua candidatura a prefeita de Natal, aproveitando sua forte exposição em seu canal de televisão. Devido à gravidez do segundo filho e às tendências das pesquisas da época, Micarla optou por aceitar o convite da então governadora Wilma de Faria para compor como vice-prefeita a chapa pela reeleição de Carlos Eduardo Alves.[2]
Em 30 de outubro do mesmo ano, com 193 mil votos, Carlos Eduardo foi reeleito, e Micarla tornou-se vice-prefeita de Natal.[3] Renunciou ao cargo em 2006 após romper politicamente com Carlos Eduardo e no mesmo ano, Micarla se candidatou a deputada estadual. Foi a sétima candidata mais votada, com 43.936 votos, tendo sido a segunda colocada em seu partido (PV).[4][5]
Disputou a prefeitura de Natal em 2008, sendo eleita em 5 de outubro de 2008, no primeiro turno com 50,84% dos votos, o equivalente a 193.195 votos.[6] Obteve uma maioria de 53.249 votos sobre o segundo colocado, a deputada Fátima Bezerra do PT. Natal se torna a primeira capital brasileira na qual o Partido Verde ganhou uma eleição majoritária.
Em junho de 2010, a gestão entrega a primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do estado, localizada no bairro do Pajuçara, na Zona Norte da capital, com capacidade de até 400 atendimentos de baixa e média complexidade por dia.[7]
Em agosto de 2010, uma pesquisa do jornal Tribuna do Norte, de propriedade da família de Agripino Maia,[8] em parceria com o instituto Certus mostra a avaliação da população em relação a gestão Micarla de Sousa. A avaliação positiva (juntando as categorias "ótimo" e "bom") da gestão municipal alcançou um índice de 25,14%. Já 34,29% dos natalenses questionados consideram a administração "regular". Já a avaliação negativa (juntando as categorias "ruim" e "péssima") foi de 38,72%, com 12,43% respondendo como "ruim" e 26,29% considerando a administração como "péssima".[9][10]
Em outubro de 2010, anunciou seu apoio, no segundo turno, a Dilma Rousseff, do PT, contrariando assim o grupo político que lhe apoia desde 2008, entre eles a governadora eleita do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, e o senador José Agripino, que apoiam José Serra.[11]
Em novembro de 2010, uma pesquisa do portal Nominuto em parceira com a Consult mostra os seguintes dados: 77,6% dos participantes da pesquisa desaprovam o governo da prefeita Micarla de Sousa. 13,3% das pessoas que participaram da pesquisa aprovam a gestão. Outros 9,1% não tem opinião formada.[12]
Em maio de 2011 uma onda de protestos pedem impeachment da prefeita. Iniciado através das redes sociais, as manifestações chegaram ao ápice no dia 25 de maio de 2011 quando jovens foram às ruas protestar contra a gestão da prefeita.[13] Formado majoritariamente por jovens de classe média, o movimento tomou um caráter plural, apartidário, horizontal e autogestionado. Através das redes, através de comunidades e das tags #foraMICARLA e #RioGrevedoNorte, novas manifestações foram agendadas. Os protestos culminaram com ocupação da Câmara Municipal de Natal no dia sete de junho. Os jovens permaneceram 11 dias acampados. O objetivo era pedir a investigação dos contratos firmados pela prefeitura. A ocupação foi determinante para a instauração da Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos contratos, que está atualmente em funcionamento.[14]
Em 11 de outubro de 2012, o Ministério Público acusou Micarla de estar ligada a uma fraude na Secretaria de Saúde de Natal, chamada de Operação Assepsia, e solicitou à Justiça que ela fosse afastada da prefeitura.[15] No dia 31 do mesmo mês, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte deferiu a solicitação e a afastou da prefeitura, pedindo que o vice-prefeito Paulinho Freire fosse empossado.[16]