Cosmografia
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Cosmografia é a parte da astronomia que se preocupa com o estudo e descrição do universo. A palavra cosmografia foi utilizada pela primeira vez por Ptolomeu no século IV a.C., para referir-se aos estudos do cosmos e corpos celestes. No Reino de Portugal havia o cargo de cosmógrafo-mor.
Uma ciência que mapeia as características gerais do cosmos ou universo, descrevendo o céu e a Terra (mas sem invadir a geografia ou astronomia). A obra do século XIV 'Aja'ib al-makhluqat wa-ghara'ib al-mawjudat, do médico persa Zakariya al-Qazwini, é considerada uma das primeiras obras da cosmografia.
A cosmografia tradicional hindu, budista e jainista esquematiza um universo centrado no Monte Meru, rodeado por rios, continentes e mares. Essas cosmografias postulam um universo sendo repetidamente criado e destruído ao longo de ciclos de tempo de imensos comprimentos.
Em 1551, Martín Cortés de Albacar, de Zaragoza, Espanha, publicou Breve compendio de la esfera y del arte de navegar. Traduzido para o inglês e reimpresso várias vezes, o trabalho foi de grande influência na Grã-Bretanha por muitos anos. Ele propôs cartas esféricas e mencionou o desvio magnético e a existência de pólos magnéticos.
O livro Cosmographie de Peter Heylin, em 1652 (ampliado de seu Microcosmos de 1621), foi uma das primeiras tentativas de descrever o mundo inteiro em inglês, sendo a primeira descrição conhecida da Austrália e uma das primeiras da Califórnia. O livro tem 4 seções, examinando a geografia, política e culturas da Europa, Ásia, África e América, com um adendo em Terra Incognita, incluindo Austrália e estendendo-se a Utopia, Fairyland e "Land of Chivalrie".
Em 1659, Thomas Porter publicou um Compendious Description of the Whole World, menor, mas extenso, que também incluía uma cronologia dos eventos mundiais desde a Criação. Tudo isso fazia parte de uma tendência importante do Renascimento europeu para explorar (e talvez compreender) o mundo conhecido.