Brasões dos papas
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Os Brasões dos Papas são uma insígnia e um símbolo oficial do pontificado de cada Papa, que tem seu próprio brasão pessoal. O primeiro Papa cujo brasão é confirmadamente conhecido é Inocêncio III (1198-1216). Os brasões papais aparecem de fato em obras de arquitetura, publicações, decretos e documentos de vários tipos.[1]
Com frequência os Papas adotavam o brasão da própria família caso existisse, ou compunham um brasão com simbolismos que indicavam um próprio ideal de vida, ou uma referência a fatos passados, ou a elementos relacionados com seu objetivo como Sumo Pontífice. Por vezes acrescentavam algumas variantes ao brasão que tinham adotado como Bispos.[1]
Todos os brasões pontifícios continham a imagem da tiara papal, sendo representada como branca e com duas faixas vermelhas atrás, chamadas ínfulas.[2] Porém Bento XVI mudou a simbologia de seu brasão, personalizado-o e utilizando a mitra e o pálio em vez da tiara (ver Brasão de Bento XVI). Os brasões papais também são tradicionalmente caracterizados por possuírem as chaves do céu. Trata-se de uma referência a um evento narrado em Mateus 18 no qual as famosas palavras seguintes foram ditas:
“ | «Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares sobre a terra, será ligado nos céus; e o que desligares sobre a terra, será desligado nos céus.» (Mateus 18:19) | ” |
A chave de ouro significa que o poder provindo do céu e a chave de prata que esse poder se estende a todos os fiéis na terra, o entrelaçamento entre elas indica a ligação entre os dois aspectos do poder, e o arranjo com as alças das chaves nas bases simboliza que o poder está nas mãos do papa.[3]
Assim, em heráldica eclesiástica, as chaves simbolizam a autoridade espiritual do Papa como o Vigário de Cristo na Terra. O brasão papal muitas vezes é representado com anjos ao redor.[4]