Álvaro de Zúñiga y Guzmán
Nobre espanhol (1410-1488) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Álvaro de Zúñiga y Guzmán[a] (Encinas de Esgueva, 1410 — Béjar, 10 de junho de 1488) foi um nobre de Castela, membro da influente Casa de Zúñiga, de origem navarra. Foi um dos homens mais poderosos de Castela, como demonstram os seus inúmeros títulos e os cargos que ocupou, e esteve envolvido em grande parte dos acontecimentos políticos e militares mais importantes do reino, nomeadamente nos diversos conflitos entre a nobreza e os candidatos à sucessão do trono que culminariam na Guerra de Sucessão de Castela e que só acalmariam com a reconhecimento definitivo dos Reis Católicos, aos quais começou por se opor mas a quem acabaria por apoiar.
Álvaro de Zúñiga | |
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Nome completo | Álvaro de Zúñiga y Guzmán |
Nascimento | 1410 Espanha, Encinas de Esgueva |
Morte | 10 de junho de 1488 (78 anos) Béjar |
Nacionalidade | Reino de Castela |
Progenitores | Mãe: Isabel Elvira de Guzmán y Ayala Pai: Pedro de Zúñiga y Leiva |
Cônjuge |
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Ocupação | Nobre |
Título |
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Brasão do Ducado de Béjar |
Tendo sido donzel do rei João II de Castela na infância, na juventude esteve ao lado do pai na luta contra Álvaro de Luna, condestável de Castela e valido de D. João. Com a morte do seu pai em 1453, torna-se 2º conde de Plasencia e líder da liga da nobreza. É apoiante do rei Henrique IV durante os primeiros anos do seu reinado, mas acabaria por se desentender com o rei por se opor aos direitos de sucessão da filha daquele, Joana de Trastâmara (a Beltraneja), e apoiar as pretensões à sucessão do príncipe Afonso, meio-irmão de Henrique.
Álvaro de Zuñiga torna-se líder da Liga Nobiliária, o partido criado para defender os direitos ao trono de Afonso, que é acolhido no palácio de Zuñiga em Plasencia, o qual funciona como uma corte do futuro rei. Álvaro de Zuñiga é dos principais personagens na chamada Farsa de Ávila, uma cerimónia ocorrida em 5 de junho de 1465 durante a qual foi encenada a deposição de Henrique IV e D. Afonso foi aclamado rei e que marcou o início da Guerra de Sucessão de Castela. Em 1467, Álvaro de Zuñiga reconcilia-se formalmente com Henrique IV e aproxima-se do rei português Afonso V, que é recebido por Zuñiga em Plasencia em maio de 1475, onde casa com Joana, que entretanto tinha sido aclamada rainha de Castela no ano anterior.
Após a derrota do rei português frente aos exércitos dos Reis Católicos, na batalha de Toro (1 de março de 1476), Álvaro de Zuñiga torna-se neutral na guerra civil e os Reis Católicos acabam por reconhecer a maior parte dos títulos e possessões de Álvaro e, mais tarde concedem-lhe ainda mais privilégios.